domingo, 13 de janeiro de 2008

PAZ

O helénico Olimpo, no cume deste monte,
Nunca devolve os olhares, preces e tudo mais a ele apelado,
Narrativas há que juram, de honra,
Ser este um palco de Ferinas lutas;

Naquele dito Santuário em lusas terras,
Reina a quietude de joelhos escoriados,
Expiam-se erros ou desventuras,
Na crença da sua superação.
Nisto, a Paz Interior.

Resta, a Paz Social.
Aquela que não existe,
Ressalta apenas em ideias,
Como o “Imagine” do Lennon ou a "Utopia" de More.

Na imposição da evolução,
No não consenso dos caminhos,
No estabelecimento de horizontais axiologias,
Reinará, perenemente, a incomodidade e o conflito, até de morte.

Riam-se: não é perverso;
Morre-se para viver,
Fenecendo mais além do colo donde paríramos;
Do infinito espaço, a não finda metamorfose.

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