terça-feira, 27 de novembro de 2007

Vagueio

9h da manhã. Aproxima-se a hora do julgamento, de mais um - julgamento raro este nos dias de hoje (cujo veredicto será a absolvição) - porque todos, a final, somos culpados. Entrementes é a hora do trânsito, da fila lenta e desinteressante. Aproveito para correr pensamentos absurdos, como este: sou filho dum mundo televisivo. Isto porque há minutos vira uma reportagem sobre a passagem da barragem de Cahora Bassa para o completo domínio do Estado de Moçambique. De imediato, ao contrário de outros, que lembrariam a Guerra do Ultramar, rememorei a Guerra Civil. A Frelimo e a Renamo. Foram (e são) muitos os meus almoços, com o jornal das 13h como pano de fundo, à míngua de tema. E se as notícias televisionadas fossem mentira? Tudo fosse fruto da recriação e produção humanas… A ironia é que são mesmo…