sábado, 3 de maio de 2008

MFL ou PSL?

Falo do PSD, mergulhado numa crise de liderança desde a saída de Durão Barroso, que escolhe agora um líder (ainda que se possa aventar a saída de Cavaco Silva do partido como o início da mesma, sempre acho que, num critério de razoabilidade existencial, os laranjas, com o Cherne à frente, estavam bem à tona, se bem que Cavaco fosse mais consensual no partido…ou será que, à data, os agora chamados “barões” estavam ainda no berço?).

Uma mulher, quase septuagenária, com uma imagem visual asquerosa e de um carácter que o melhor dos “marketings” não transformará jamais no oposto… Uma mulher empurrada por quase todos… Está bom de ver: será a virgem suicida, certo o substantivo, certo o adjectivo.

Do outro lado, o “zombie” político, cujo melhor cognome será “Fénix”. Irónico é saber que este último é o melhor colocado para se digladiar com Sócrates, já que MFL é muito igual ao nosso grisalho Primeiro-Ministro, rigor, determinação, suposta frontalidade, afinal nada de novo.

Sobra, lembro Pedro Passos Coelho: ainda não é o seu momento, mas enalteça-se o seu aparecimento formal. Talvez em 2009, depois duma copiosa derrota nas legislativas de MFL (sim, ela vencerá a presidência do PSD), mas, nessa data, surgirá Rui Rio, provavelmente a mais bela réplica do cavaquismo. Enfim, que em 2013, quando Sócrates terminar o segundo mandato no Governo, apareça António Costa e, de fôlego renovado, se supere a eterne dança dicotómica PS-PSD e se mantenha, por mais divagações de rumo, um aroma de matriz socialista.

Siga com esta sensual celeuma – eu agradeço. À volta.