Nas largas terras deste novo Mundo,
Que caminham para o seu encurtamento,
Vive Portugal e seus pátridas,
Vive o Mundo e seus descendentes.
Novas ordens, mais lauta variedade,
Tudo para, no fim como no início,
Não se alcançar o desejado.
A paz teima em ser uma palavra,
O amor e a paixão circunstanciais,
E o meu Portugal?
Fica na sombra, sem almejar ser o Sol.
Pessoa, o mestre, escrevera como quem por algo clama:
“– Falta cumprir-se Portugal”.
Anos volvidos, mortes acontecidas,
O mesmo medianismo fruto dum inexpurgável provincianismo.
Nem tampouco invejo Noruega, Suécia, Dinamarca ou Finlândia,
Nem ignóbil me faço e rememoro o Portugal de D. João V;
Não, só suspiro pela modernidade intelectual e o fim da apatia comportamental.
Irónico? Sim, deveras.
Até eu que ora escrevo,
Cedo e não me cumpro.
À barca, à barca, ao leme, ao leme,
Força no carácter e certeza no sentido.
Assim seja Portugal e eu também.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
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