quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

ODISSEIA

Equiparável ao sem fim Tempo,
Apenas o sem fim Espaço,
Soberanamente copiosos os segundos em que me fixas,
O momento em que inebrio a tua alma,
E dela ressalta o brilho que os teus olhos confessam.

O profundo suspiro, em resposta,
Denota a força com que se vivencia,
Enlevados se confessam os “Amados”,
Diluídos naquele sentimento de Quimera.

No toque daquele gesto lento e suave,
O arrepio quente de quem sente,
O beijo de regresso e a mão de enlace,
Em tréplica, o sorriso etéreo e perene.

Olvidámos que os instantes corridos não se repetem,
Acreditámos na iteração do supremo,
Tão humanos somos.

Não!
O corrido tempo nunca se conjuga no Futuro,
Mas, em quotidiana evolução, habita a solução.
Ao espaço e ao Tempo e à unicidade das suas ir(reverências).

1 comentário:

Anónimo disse...

Um dos meus preferidos teus... sem dúvida!