Finda o ano, no certo correr do tempo;
Transita de sete para oito,
No mais, uma ordinária segunda para terça,
No menos, o tempo perdido que esvaneceu…
Em pleno erro de não saber ser,
Vivo no decurso do Tempo,
Espero um forte relâmpago e um intenso ecoar de trovão,
Enfim, sou um vulgar humano,
Atirando ao destino a sorte da felicidade,
Aquieto-me num longo suspiro,
De um cansaço que nem vivenciei.
A ambivalência do engenheiro e do filósofo;
essa bi-dimensionalidade do certo cálculo e do acto criticado;
a certeza de palas ou o hesitar da escolha;
ao meio, no sempre certo plural de tudo…
Eis, pois, o desfecho sempre mutável.
sábado, 22 de dezembro de 2007
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2 comentários:
Podia fazer muitos comentários ao que escreveste mas apenas quero que saibas que me impressiona a forma como as palavras fluem quando escreves e o sentido e coerencia que dás em cada linha. O que escreveste fala do Tempo esse conceito do qual não nos conseguimos dissociar... mas com um "desfecho sempre mutável". Gosto particularmente da parte em que dizes "Aquieto-me num longo suspiro" e fizeste-me lembrar um poema de Fernando Pessoa (dos poetas que mais me fascina) que diz assim:
"Sei que nunca terei o que procuro
E que nem sei buscar o que desejo,
Mas busco, insciente, no silêncio escuro
E pasmo do que sei que não almejo."
Gosto...
Ultimas palavras neste post: Tudo o que é bom dura o tempo suficiente para se tornar inesquecivel.
*
Depois de tão completo comentário, que mais dizer?
É um belo poema, sobre uma bela temática.
Inspiração gripal?
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