sábado, 6 de outubro de 2007

À VIDA

Na sempre certa sabedoria popular, propala-se que “Burro velho não aprende línguas”, para logo a seguir se clausular, em novo adágio da grei, “O saber não ocupa lugar” ou “Mais vale tarde do que nunca”. Desde sempre abominei o apelidado “Senso Comum”, até porque, não raras as vezes, é endeusado por muitos dos terráqueos e por estes tomado como a Verdade Absoluta.
Como me rio deles. Como troço. Como os achincalho, tão certo me acho. Como zombo do conforto da ignorância e no fiar da teoria alheia. Gabo sim, entre muitos outros, a intrepidez de João Garcia que tanto cume alcança, mesmo depois do pico mais alto do Evereste…
Sem dúvida, “Mais vale tarde do que nunca.”. Ainda miúdo sempre fiz rosto carrancudo à sopa, ao peixe/bacalhau cozido com batatas, a tomar banho, a lavar os dentes, a ler e até a socializar… Da pressa de um dia de trabalho, nada melhor que uma sopa quente e silenciosa ou um peixe cozido que revela serena horizontalidade. Do esforço de um jogo de futebol ou de ténis ou, simplesmente, do esforço de um jogo, nada melhor do que um banho que faz retomar o fôlego ou um banho que lava a alma e o pensar, depois do eclodir de maçadas ou importunações…
Todo este post para quê? No questionável predicado literário do mesmo, deixo aqui, por detrás destas linhas, o sorriso que me enche a alma, me fez evoluir e alargar visões e sensibilidades. Rejeite-se a Modorra e incite-se o Afoitamento.

3 comentários:

Amândio Sereno disse...

O teu menosprezo pela sabedoria popular é coisa que me ofende particularmente. Mas enfim, como ser mutável que és, um dia darás a mão à palmatória. E eu cá estarei para te assentar com relativa força e não sem satisfação.

Sara Deever disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sara Deever disse...

O teu menosprezo quase me repugna. Mas este ludibrioso jogo de palavras absolve qualquer pecado.