Chove e não se molha o chão. Cai e não encontra o solo.
Durmo e continuo com sono. Tardo em adormecer e bocejo.
Expurgo o escarro da boca; regressa, no dia seguinte.
Extermino o tesão; ressurge em revigorada força.
Mato o dia pelas 23h59 e logo surge outro.
Prendem-nos, condenam-nos, enquanto na rua já outro rouba.
Polui-se o mundo e Kyoto ainda não vincula todos os países.
Chora-se o microscópico crescimento económico, sem suficientemente promover a classe média.
Escandalizados dizem-se face ao preço do ouro negro os mesmos que, tempos antes, alertavam outros para a não renovabilidade de tal energia.
Humanas divindades há que, sentados há anos atrás, projectaram, previram e melhor concretizaram a sequência global económica, com o surgimento de grandes potências mundiais como a China e Índia, fora outros que já espreitam a tona há alguns anos, como o Brasil. Como suportar a fome insaciável de petróleo de tais economias? Nem tampouco, alguém se atemorizou e não investiu em tais locais/mercados. Agora, continuando tais gigantes sentados, olham já 2018. Até lá.
No mais e em cada um de nós, Ser não é hoje, nem foi ontem, muito menos será amanhã. Ser é tempo largo de vida, conjunto de actos variadamente praticados, sem mais. Isso? É Ser.
Vou lá.
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